domingo, dezembro 29, 2002
Telemaaaarr....quando quebra na praia....é bonita, é bonita....
Meu amigo André Dahmer, criador dos Malvados, sofreu mais de um mês com a Telemar. Como este blog aqui se destina a criticar o comportamento de máquina que os seres humanos assumem em "nome da competitividade" e da "qualidade", vale a pena contar.
Depois de mais de 30 telefonemas, todos em que ele passou mais de cinco minutos ouvindo músicas eletrônicas (piores até que tecno) de espera, finalmente eis que ele ouve uma voz humana. Quer dizer, nem tanto.
- A Telemar agradece sua ligação, o senhor está falando com Waldemar Roberto, um feliz Natal e próspero ano novo, boa tarde.
Dahmer, depois de horas ouvindo máquinas, suplicou.
- Meu irmão, a sua voz é a primeira voz humana que ouço há um mês ligando praí. Pelo amor de Deus, não desliga, não me coloca de novo na musiquinha da espera, pelo amor de Deus, eu te peço, ouve o meu problema - dizia o Dahmer, prestes a ligar para o CVV ao invés de ligar para a Telemar.
- Senhor, vamos saber qual o seu problema, senhor - disse o Waldemar Roberto.
- Eu preciso instalar uma linha na minha casa, meu amigo, já paguei, etc, etc
- Senhor, mas esta é a sua segunda linha, o senhor já tinha outro aparelho instalado?
- Não, não, é a primeira linha.
- Ah, senhor, então estou lhe repassando para o setor responsável. Obrigado por ligar para a Telemar, o senhor falou com Waldemar Roberto, bom Natal e próspero 2003.
E entrou de novo: "Tlom-dom, tlom-dom-tlom-dom-tu-tu-ruru-ruuuuu", uma musiquinha de Natal. Dahmer enlouqueceu.
Mas o melhor vem agora. Como a Telemar fica perto do LANCE!, onde ele trabalha, simplesmente esqueceu o telefone e foi lá. Ao chegar no guichê, tentaram repassá-lo - com toda a gentileza e profissionalismo, usando a palavra "senhor" mais de duas vezes por parágrafo - para outros setores. Ao que o infeliz cliente botou a mão no balcão e disse:
- Olha aqui, eu vou avisar uma coisa para vocês: se eu não tiver meu problema resolvido hoje e agora, vou embora pego álcool ou gasolina e venho aqui e taco fogo no meu próprio corpo. Ah, e vou avisar a imprensa. Vou morrer queimado dentro da Telemar e vai ser um escândalo.
O pior é que do jeito revoltado com que ele me contou isso, até hoje estou em dúvida se era um blefe. Mas o fato é que deu certo e hoje ele tem telefone em casa.
Meu amigo André Dahmer, criador dos Malvados, sofreu mais de um mês com a Telemar. Como este blog aqui se destina a criticar o comportamento de máquina que os seres humanos assumem em "nome da competitividade" e da "qualidade", vale a pena contar.
Depois de mais de 30 telefonemas, todos em que ele passou mais de cinco minutos ouvindo músicas eletrônicas (piores até que tecno) de espera, finalmente eis que ele ouve uma voz humana. Quer dizer, nem tanto.
- A Telemar agradece sua ligação, o senhor está falando com Waldemar Roberto, um feliz Natal e próspero ano novo, boa tarde.
Dahmer, depois de horas ouvindo máquinas, suplicou.
- Meu irmão, a sua voz é a primeira voz humana que ouço há um mês ligando praí. Pelo amor de Deus, não desliga, não me coloca de novo na musiquinha da espera, pelo amor de Deus, eu te peço, ouve o meu problema - dizia o Dahmer, prestes a ligar para o CVV ao invés de ligar para a Telemar.
- Senhor, vamos saber qual o seu problema, senhor - disse o Waldemar Roberto.
- Eu preciso instalar uma linha na minha casa, meu amigo, já paguei, etc, etc
- Senhor, mas esta é a sua segunda linha, o senhor já tinha outro aparelho instalado?
- Não, não, é a primeira linha.
- Ah, senhor, então estou lhe repassando para o setor responsável. Obrigado por ligar para a Telemar, o senhor falou com Waldemar Roberto, bom Natal e próspero 2003.
E entrou de novo: "Tlom-dom, tlom-dom-tlom-dom-tu-tu-ruru-ruuuuu", uma musiquinha de Natal. Dahmer enlouqueceu.
Mas o melhor vem agora. Como a Telemar fica perto do LANCE!, onde ele trabalha, simplesmente esqueceu o telefone e foi lá. Ao chegar no guichê, tentaram repassá-lo - com toda a gentileza e profissionalismo, usando a palavra "senhor" mais de duas vezes por parágrafo - para outros setores. Ao que o infeliz cliente botou a mão no balcão e disse:
- Olha aqui, eu vou avisar uma coisa para vocês: se eu não tiver meu problema resolvido hoje e agora, vou embora pego álcool ou gasolina e venho aqui e taco fogo no meu próprio corpo. Ah, e vou avisar a imprensa. Vou morrer queimado dentro da Telemar e vai ser um escândalo.
O pior é que do jeito revoltado com que ele me contou isso, até hoje estou em dúvida se era um blefe. Mas o fato é que deu certo e hoje ele tem telefone em casa.
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