terça-feira, abril 15, 2003
A distância e o over-qualyfing
Essa é das mais incríveis que já ouvi. A fonte eu não revelo para ninguém, porque pode atrapalhar a garota, que ainda está em busca de um emprego, e revelar o diálogo dela com nome pode atrapalhar.
Uma amiga minha, que mora no Flamengo, enviou currículo para uma vaga de assessoria de imprensa na Barra da Tijuca. Como se trata de uma grande empresa corporativa, obviamente o currículo dela foi para o Departamento de RH, ao invés de ser enviado para o cara que ia trabalhar diretamente com ela (ou para jornalistas com capacidade para saber onde uma profissional já conhecida do mercado se encaixa melhor).
Como tudo que cai em certos departamentos de RH, a coisa tomou outra dimensão. Digamos que se houvesse um departamento de RH na Seleção Brasileira de 1994, Romário teria sido barrado por "desmotivação em função de vida desregrada", Bebeto iria para a reserva por ser "tímido e pouco motivado", Dunga jogaria no gol por ter "aptidões diversas" e Jardel seria titular por "ter desenvolvido especialização".
É claro que a analista de RH, mesmo depois de já ter lido de cabo a rabo o currículo da minha amiga, mandou chamá-la à Barra da Tijuca SOMENTE para dizer o seguinte:
- Olha, nós analisamos o seu currículo e concluímos que não podemos lhe dar a vaga. Você tem qualificações demais para o cargo.
- (....)
- Sim, é sério. Nós não queremos um profissional insatisfeito ao fim do mês, ao abrir o contra-cheque.
(PAUSA PARA GARGALHADAS - Como se alguém se preocupasse com isso...)
- Pois é, mas é melhor ficar insatisfeita com o contra-cheque do que com nenhum contra-cheque, né? - respondeu a minha amiga.
A lista de motivos para a recusa de emprego aumentou um pouco, quando a analista de RH disse que minha amiga morava muito longe. Bom, imagino então que, como a Barra é efetivamente longe de qualquer coisa que eu conheça, a tal empresa seja exclusiva para moradores do bairro.
O engraçado, porém, foi que minha amiga descobriu que a analista de RH morava em São Gonçalo.
Ou seja, uma pessoa que mora no outro extremo do Grande Rio dizendo que não aceita alguém que mora no Flamengo porque é "muito longe da Barra".
Assim, uma jornalista ficou desempregada porque é boa demais.
Essa é das mais incríveis que já ouvi. A fonte eu não revelo para ninguém, porque pode atrapalhar a garota, que ainda está em busca de um emprego, e revelar o diálogo dela com nome pode atrapalhar.
Uma amiga minha, que mora no Flamengo, enviou currículo para uma vaga de assessoria de imprensa na Barra da Tijuca. Como se trata de uma grande empresa corporativa, obviamente o currículo dela foi para o Departamento de RH, ao invés de ser enviado para o cara que ia trabalhar diretamente com ela (ou para jornalistas com capacidade para saber onde uma profissional já conhecida do mercado se encaixa melhor).
Como tudo que cai em certos departamentos de RH, a coisa tomou outra dimensão. Digamos que se houvesse um departamento de RH na Seleção Brasileira de 1994, Romário teria sido barrado por "desmotivação em função de vida desregrada", Bebeto iria para a reserva por ser "tímido e pouco motivado", Dunga jogaria no gol por ter "aptidões diversas" e Jardel seria titular por "ter desenvolvido especialização".
É claro que a analista de RH, mesmo depois de já ter lido de cabo a rabo o currículo da minha amiga, mandou chamá-la à Barra da Tijuca SOMENTE para dizer o seguinte:
- Olha, nós analisamos o seu currículo e concluímos que não podemos lhe dar a vaga. Você tem qualificações demais para o cargo.
- (....)
- Sim, é sério. Nós não queremos um profissional insatisfeito ao fim do mês, ao abrir o contra-cheque.
(PAUSA PARA GARGALHADAS - Como se alguém se preocupasse com isso...)
- Pois é, mas é melhor ficar insatisfeita com o contra-cheque do que com nenhum contra-cheque, né? - respondeu a minha amiga.
A lista de motivos para a recusa de emprego aumentou um pouco, quando a analista de RH disse que minha amiga morava muito longe. Bom, imagino então que, como a Barra é efetivamente longe de qualquer coisa que eu conheça, a tal empresa seja exclusiva para moradores do bairro.
O engraçado, porém, foi que minha amiga descobriu que a analista de RH morava em São Gonçalo.
Ou seja, uma pessoa que mora no outro extremo do Grande Rio dizendo que não aceita alguém que mora no Flamengo porque é "muito longe da Barra".
Assim, uma jornalista ficou desempregada porque é boa demais.
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