terça-feira, maio 13, 2003
Dia das Mães, 2
Mas podia ser Páscoa, Natal ou qualquer outra data em que comprar se torna uma verdadeira compulsão. Numa grande loja de departamentos, vou até o setor de CDs escolher alguns e só depois percebo que os que quero estão fora. Para pagar (e as caixas para CDs são dentro do "curral"), terei de passar por aqueles detectores anti roubo - que, óbvio - apitam. Ninguém parece ligar e eu continuo. Vou até o caixa. Uma pessoa na minha frente. "Beleza, sem filas!", penso eu, ingenuamente. Mas eu quero comprar mais coisas, lá fora. Então resolvo perguntar para a caixa, educadamente: "oi, eu posso pagar as coisas lá fora?". Ela parece concentrada demais procurando alguma coisa e não me escuta. A pessoa que estava na minha frente na fila, um homem, finalmente, me explica:
- Ela tá procurando o caderninho.
- Caderninho?
- É, caderninho. Onde elas anotam os CDs vendidos...
Então, escuto a própria atendente falar para uma colega: "não consigo encontrar esse caderno de jeito nenhum!". O cara não estava me sacaneando: elas realmente anotam as vendas num caderninho. Eu não resisto e começo a rir. Comento com a outra testemunha, que está rindo - assim como eu - daquela cena tão incomum no século 21:
- Isso sim é que é tecnologia...
- Ô... o bom é que isso tudo aqui (e aponta para vários computadores que deveriam servir para o registro das vendas) serve como enfeite, né?
Finalmente, chega um outro vendedor e eu pergunto: "oi, posso pagar lá fora?" e ele me responde:
- Se for até R$19,90; pode.
E o meu colega de fila completa: "mas se for por R$20,00, não pode". Novamente, era verdade. Como, felizmente, os CDs que eu iria comprar custavam R$19,90, pude pagar lá fora. Pena que eles não tiraram o lacre de proteção anti roubo. Não, nenhum detector apitou quando eu saí, nenhum brutamontes me segurou, nada disso. Mas a minha mãe e a minha sogra tiveram de usar de chaves de fenda, facas, martelos e serrotes para conseguirem tirar aquelas porcarias de lacres de segurança e ouvirem em paz os seus presentes.
Mas podia ser Páscoa, Natal ou qualquer outra data em que comprar se torna uma verdadeira compulsão. Numa grande loja de departamentos, vou até o setor de CDs escolher alguns e só depois percebo que os que quero estão fora. Para pagar (e as caixas para CDs são dentro do "curral"), terei de passar por aqueles detectores anti roubo - que, óbvio - apitam. Ninguém parece ligar e eu continuo. Vou até o caixa. Uma pessoa na minha frente. "Beleza, sem filas!", penso eu, ingenuamente. Mas eu quero comprar mais coisas, lá fora. Então resolvo perguntar para a caixa, educadamente: "oi, eu posso pagar as coisas lá fora?". Ela parece concentrada demais procurando alguma coisa e não me escuta. A pessoa que estava na minha frente na fila, um homem, finalmente, me explica:
- Ela tá procurando o caderninho.
- Caderninho?
- É, caderninho. Onde elas anotam os CDs vendidos...
Então, escuto a própria atendente falar para uma colega: "não consigo encontrar esse caderno de jeito nenhum!". O cara não estava me sacaneando: elas realmente anotam as vendas num caderninho. Eu não resisto e começo a rir. Comento com a outra testemunha, que está rindo - assim como eu - daquela cena tão incomum no século 21:
- Isso sim é que é tecnologia...
- Ô... o bom é que isso tudo aqui (e aponta para vários computadores que deveriam servir para o registro das vendas) serve como enfeite, né?
Finalmente, chega um outro vendedor e eu pergunto: "oi, posso pagar lá fora?" e ele me responde:
- Se for até R$19,90; pode.
E o meu colega de fila completa: "mas se for por R$20,00, não pode". Novamente, era verdade. Como, felizmente, os CDs que eu iria comprar custavam R$19,90, pude pagar lá fora. Pena que eles não tiraram o lacre de proteção anti roubo. Não, nenhum detector apitou quando eu saí, nenhum brutamontes me segurou, nada disso. Mas a minha mãe e a minha sogra tiveram de usar de chaves de fenda, facas, martelos e serrotes para conseguirem tirar aquelas porcarias de lacres de segurança e ouvirem em paz os seus presentes.
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